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Onça-pintada que devorou caseiro no Pantanal é capturada e levada para reabilitação

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Animal de 94 kg foi encontrado após três dias de buscas intensas; vítima trabalhava há 20 anos no local do ataque

Foi capturada na madrugada desta quinta-feira (24) a onça-pintada responsável pela morte do caseiro Jorge Ávalo, de 55 anos, no Pantanal sul-mato-grossense. A operação de busca, que durou três dias, envolveu mais de dez agentes da Polícia Militar Ambiental (PMA) e contou com apoio de um biólogo. O felino foi localizado nas imediações do pesqueiro Touro Morto, às margens do rio Paraguai, onde o ataque ocorreu.

O animal, um macho adulto pesando aproximadamente 94 quilos, foi sedado e removido em segurança para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande (MS). De acordo com a PMA, a unidade será temporariamente isolada para garantir o manejo seguro da onça e evitar o acesso de pessoas não autorizadas.

Segundo o professor e pesquisador Geanderson Araújo, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que acompanhou a ação, o felino aparentava estar bastante debilitado. “Ela está muito magra, o que pode indicar dificuldades para caçar ou problemas de saúde. Precisamos realizar exames clínicos e comportamentais antes de definir o que será feito”, explicou o especialista, que integra um projeto de monitoramento de grandes felinos no bioma pantaneiro.

Tragédia no coração do Pantanal

Jorge Ávalo, conhecido como "Jorginho", era um funcionário antigo e querido no pesqueiro Touro Morto, onde trabalhava há cerca de 20 anos. Natural da região, ele tinha o hábito de registrar com frequência a fauna local, especialmente as onças-pintadas, e costumava compartilhar vídeos e fotos com familiares. Em uma das últimas gravações feitas por ele, dias antes do ataque, chegou a comentar com o cunhado sobre pegadas de felinos, sugerindo uma disputa territorial entre os animais.



O desaparecimento de Jorge foi notado na última segunda-feira (21), quando um pescador foi até o pesqueiro para comprar mel e não encontrou o caseiro. No local, foram encontradas marcas de sangue e fragmentos de carne humana, além de pegadas de onça nas proximidades do deck, o que levantou imediatamente a suspeita do ataque.

As buscas foram iniciadas ainda no mesmo dia, com reforço de drones e armadilhas fotográficas. O corpo da vítima foi localizado posteriormente, e a confirmação da causa da morte foi feita por peritos do Instituto de Criminalística.

Destino da onça será avaliado

A partir dos resultados dos exames realizados no Cras, será decidido se o animal poderá ser reintegrado à natureza ou se permanecerá em cativeiro. A PMA destacou que a decisão deve levar em conta a segurança da população e o bem-estar do felino, que pode ter sido forçado a se aproximar de áreas habitadas por conta da escassez de presas na região.

Este é mais um episódio que acende o alerta sobre os conflitos entre humanos e grandes predadores no Pantanal, especialmente em um período marcado por secas prolongadas, queimadas e redução do habitat natural das espécies.

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