A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, na manhã desta terça-feira (10), a Operação Combate, com o objetivo de desarticular uma facção criminosa com atuação na região norte do Estado. A ação, coordenada pela 1ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (1ª DEIC – Palmas), resultou no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão em Tocantinópolis.
De acordo com as investigações, os alvos estão ligados a uma organização criminosa de alcance nacional, suspeita de envolvimento com crimes como ameaça a autoridades e associação criminosa. Um dos episódios que motivaram a operação ocorreu em março de 2021, quando o delegado Thiago Daniel da Polícia Civil do Tocantins foi ameaçado por integrantes do grupo. As mensagens intimidatórias tinham o objetivo de impedir o avanço de investigações e garantir a continuidade das ações da facção na disputa por território com grupos rivais.
Segundo o delegado Wanderson Queiroz, titular da 1ª DEIC e responsável pela operação, as investigações permitiram identificar não só o autor direto das ameaças, mas também outros membros da organização, incluindo mandantes e criminosos que continuam operando mesmo dentro do sistema prisional. “A estrutura do grupo demonstra uma articulação que precisa ser enfrentada com firmeza. Mesmo diante de ameaças, nossas equipes seguiram comprometidas com o combate à criminalidade”, afirmou.
Durante as diligências, foram apreendidos documentos e celulares que serão analisados para aprofundar a apuração dos fatos e reforçar o processo de responsabilização dos envolvidos. As informações obtidas podem contribuir com o mapeamento da atuação da facção na região e fortalecer futuras ações de repressão.
A operação contou com o apoio de diversas unidades da Polícia Civil, entre elas a 2ª e 3ª DEIC de Araguaína, a 3ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis (DEAMV – Tocantinópolis), além das delegacias de Nazaré e Ananás. O Grupo de Operações Táticas Especiais (Gote) também participou da ação.
A Polícia Civil do Tocantins reforça que continuará atuando de forma estratégica e integrada para enfrentar o crime organizado. “A tentativa de intimidar agentes do Estado representa um ataque direto à ordem pública e não será tolerada. O trabalho continuará para impedir o fortalecimento dessas organizações em nosso território”, concluiu o delegado.
As investigações seguem em andamento. Novas ações não estão descartadas, especialmente no sentido de interromper completamente a atuação da facção na região norte do Tocantins.
