O delegado da Polícia Civil do Maranhão, Márcio Mendes Silveira, de 51 anos, foi morto na manhã desta quinta-feira (10) durante uma operação para cumprimento de mandado de prisão na zona rural de São João do Sóter, no leste do estado. A ação ainda deixou dois outros policiais civis baleados. Eles foram socorridos com vida e levados para um hospital em Teresina (PI), onde permanecem internados fora de risco.
Segundo as primeiras informações, os agentes tentavam prender um homem identificado apenas como "Mala", suspeito de diversos crimes na região. Ao perceber a chegada da equipe, o criminoso reagiu de forma violenta, disparando contra os policiais com uma espingarda e fugindo por uma área de mata fechada. Durante a fuga, o suspeito conseguiu levar as armas dos agentes. Desde então, um cerco foi montado pelas forças de segurança, com apoio da Polícia Militar e demais unidades, para tentar localizar e capturar o foragido. As buscas se concentram na zona rural entre São João do Sóter e municípios vizinhos.
A morte do delegado Márcio Mendes gerou forte comoção entre colegas da segurança pública. A Associação dos Delegados de Polícia do Maranhão (Adepol-MA) divulgou nota de repúdio e exigiu uma resposta imediata e rigorosa ao crime. Esse é o terceiro agente de segurança assassinado no Maranhão em menos de uma semana, o que aumenta a preocupação com o crescimento da violência contra servidores públicos. No domingo (7), o soldado da Polícia Militar Geidson Thiago da Silva dos Santos foi morto a tiros durante uma confusão em Trizidela do Vale. Já na quarta-feira (9), um vigilante penitenciário foi executado em circunstâncias ainda investigadas pelas autoridades.
O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Maurício Ribeiro Martins, também se manifestou nas redes sociais. Ele lamentou a morte do delegado, confirmou que ele era titular do 4º Distrito Policial de Caxias, e informou que determinou o envio de reforço policial para a região. Segundo ele, as forças de segurança estão mobilizadas e realizam intensas buscas para capturar o suspeito e dar uma resposta rápida e firme ao crime. O secretário também disse que os dois investigadores baleados estão fora de perigo e prestou solidariedade às famílias e à Polícia Civil do Maranhão, reforçando que o caso não ficará impune.