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Golpe do amor: mulher é denunciada por enganar viúvo de 84 anos e tomar mais de R$ 340 mil

Uma mulher identificada como Eliene Aparecida Brito, de 36 anos, foi denunciada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) após ser acusada de aplicar um golpe de mais de R$ 340 mil em um viúvo aposentado da Câmara dos Deputados, de 84 anos. O caso ficou conhecido como um típico exemplo de “estelionato amoroso”.

De acordo com a denúncia, Eliene teria conquistado a confiança do idoso ao prometer casamento e manter com ele um suposto relacionamento afetivo. Aproveitando-se da fragilidade da vítima — que era viúvo e tinha diagnóstico de transtorno neurocognitivo (demência) —, a mulher o convenceu a realizar transferências bancárias e a contrair empréstimos em seu nome.

Entre as movimentações financeiras, a filha de Eliene, que ainda era menor de idade na época, chegou a receber cerca de R$ 140 mil diretamente na conta. Além disso, foram feitos três empréstimos, que somaram R$ 180 mil, comprometendo parte da renda mensal do aposentado.

O MPDFT destacou o “profundo abalo moral e o elevado prejuízo financeiro” causados à vítima e à sua família e solicitou à Justiça que Eliene pague indenização de R$ 250 mil por danos morais.

As investigações apontam que Eliene Brito já tinha passagem pela polícia por outros crimes. Ela é citada em dois boletins de ocorrência por furto, registrados em 2010 e 2013, ambos no Distrito Federal. No primeiro episódio, teria furtado R$ 250 da casa de uma mulher que a havia recebido enquanto trabalhava para uma empresa de telefonia.

Três anos depois, foi detida em um shopping de Taguatinga Sul, após ser flagrada pelas câmeras de segurança furtando seis peças de roupa. Na ocasião, ela cortou as etiquetas das roupas e escondeu os itens dentro da bolsa, sendo interceptada por seguranças.

Durante as investigações, a defesa da mulher afirmou que não houve crime, alegando que o valor recebido seria uma “doação espontânea” feita pelo aposentado. O advogado dela chegou a dizer que os filhos da vítima “tinham ciúmes” e criaram uma situação de “alarde desnecessário”.

O caso começou a ser apurado pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação (Decrin) em 2023, após a advogada da família do idoso, Viviane Penha, descobrir as transferências irregulares. Segundo o relato, o aposentado procurou ajuda ao perceber movimentações bancárias que não reconhecia.

A denúncia segue em análise pela Justiça do Distrito Federal.

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