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Governador afastado Wanderlei Barbosa diz que PF apreendeu celulares em sua residência e que não vai se manifestar por enquanto


A Polícia Federal apreendeu celulares e outros materiais eletrônicos na casa do governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão da Operação Nêmesis, realizada na manhã desta quarta-feira (12) em Palmas e Santa Tereza do Tocantins.

A ação, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), apura supostas tentativas de obstrução e destruição de provas relacionadas ao desvio de recursos públicos durante a pandemia de Covid-19 e ao uso irregular de emendas parlamentares destinadas à compra de cestas básicas.

Em nota, a assessoria de Wanderlei Barbosa confirmou que celulares foram levados pelos agentes federais durante as buscas em sua residência, mas informou que o governador não vai se manifestar sobre o caso por enquanto.

De acordo com a PF, as investigações surgiram a partir da 2ª fase da Operação Fames-19, deflagrada em setembro, que resultou no afastamento do governador e da primeira-dama Karynne Sotero Campos, ex-secretária extraordinária de Participações Sociais. Ambos são investigados por desvio de verbas das cestas básicas entre 2020 e 2021, período em que Wanderlei comandava a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas).

A corporação informou que há indícios de que pessoas ligadas ao governo utilizaram cargos e veículos oficiais para retirar documentos e materiais de interesse da investigação, dificultando o trabalho dos agentes e embaraçando as apurações, que seguem sob sigilo judicial no STJ.

Segundo a Polícia Federal, o objetivo principal da Operação Nêmesis é impedir novas tentativas de destruição ou ocultação de provas e bens, além de coletar novos elementos que confirmem o envolvimento dos investigados e identifiquem outros possíveis participantes do esquema.

Wanderlei Barbosa foi afastado do cargo em 3 de setembro de 2025, por decisão do ministro Mauro Campbell, confirmada pela Corte Especial do STJ, pelo prazo de 180 dias. As investigações apuram possíveis crimes de peculato, corrupção passiva, frustração de licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Parte dos valores desviados, segundo a PF, teria sido utilizada na construção de uma pousada de luxo atribuída à família do governador. Durante a pandemia, Wanderlei coordenou a distribuição de cestas básicas, programa agora investigado por suspeita de uso político e desvio de finalidade.

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