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Marabá: Ponte sobre o Rio Itacaiunas é totalmente interditada após nova avaliação estrutural do DNIT

 

Imagem mostra a ponte sobre o Rio Itacaiunas, em Marabá, vista de ângulo lateral, com tráfego desviado para a estrutura antiga.


A situação da ponte sobre o Rio Itacaiunas, em Marabá, evoluiu para um cenário mais crítico no último domingo (23), quando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes determinou a interdição total da estrutura localizada na BR-230, medida adotada para permitir uma inspeção especial e detalhada em todos os componentes da ponte. O bloqueio acontece poucos dias após o órgão confirmar uma deformação no trecho central da estrutura mais nova e iniciar o desvio de caminhões pesados para a ponte antiga.

A interrupção completa foi adotada de forma preventiva, conforme os protocolos técnicos utilizados pelo DNIT para estruturas de grande porte. A inspeção exige acesso direto a partes internas da ponte e o uso de equipamentos específicos, o que só é possível com o tráfego totalmente interrompido. Embora o bloqueio total reforce o estado de atenção, o DNIT afirma que não há indícios de risco imediato de ruptura e que a paralisação busca garantir a segurança e orientar eventuais reforços estruturais.

O tráfego da rodovia não chegou a ser paralisado, pois todos os veículos agora utilizam a ponte adjacente, que já vinha recebendo caminhões pesados desde o início da semana. A sinalização foi reforçada em toda a região para orientar os condutores, especialmente nos acessos da Velha Marabá e da Folha 33.

A ponte sobre o Itacaiunas está sob acompanhamento há vários anos. Em 2017, surgiram as primeiras ocorrências de depressões no pavimento e uma trinca na parte inferior, inicialmente avaliadas como uma possível junta de concretagem. Nos últimos dias, porém, o comportamento estrutural se agravou, com a confirmação de uma deformação no vão central e a necessidade de estudos mais profundos por equipes especializadas.

A interdição reacende o debate sobre manutenção preventiva após a lembrança recente da queda da Ponte JK, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), que colapsou em 2024 e deixou 14 pessoas mortas. O episódio evidenciou como atrasos em intervenções ou avaliações insuficientes podem resultar em tragédias de grandes proporções, preocupação que o DNIT busca evitar ao intensificar o monitoramento no Itacaiunas.


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