A cidade de Porto Franco, no sul do Maranhão, amanheceu sob forte movimentação de viaturas e sobrevoos de helicóptero nesta segunda-feira (1º), após uma ação criminosa que começou durante a madrugada e mobiliza forças policiais de toda a região. Criminosos invadiram a casa do gerente da agência do Bradesco, renderam a família e prenderam explosivos na cintura da vítima, dando início a um sequestro que se estendeu pelas primeiras horas do dia e segue em andamento.
Segundo as informações mais recentes, toda a família foi mantida refém dentro da casa durante a madrugada. Em determinado momento, os criminosos retiraram os três filhos do gerente — uma jovem de 18 anos, uma adolescente de 13 e um menino de 9 anos — e os levaram para um local desconhecido. Os reféns foram levados para um cativeiro na zona rural de Porto Franco. Após serem informados de que o plano havia dado errado, os criminosos abandonaram as crianças ainda no cativeiro e fugiram. As vítimas conseguiram sair da casa por conta própria e foram vistas em uma estrada vicinal. Um motociclista que passava pela região os encontrou e levou todos até a delegacia. Eles afirmaram que só devolveriam as crianças depois que o gerente fosse até a agência e retirasse o dinheiro do cofre conforme exigido.
O gerente foi levado ao banco nas primeiras horas da manhã e permanece dentro da agência com o artefato preso ao corpo, aguardando a chegada do esquadrão antibombas enviado de São Luís. A chegada antecipada dele ao prédio despertou desconfiança dos funcionários, que estranharam a movimentação e perceberam que algo estava errado quando ele acessou o cofre em circunstâncias incomuns.
A área ao redor da agência foi isolada por equipes de segurança para evitar riscos à população. A Polícia Militar, a Polícia Civil e o Centro Tático Aéreo realizaram buscas em diversos pontos da região e localizaram os três filhos do gerente em uma estrada vicinal após deixarem o cativeiro por conta própria, conforme informado pelas equipes que atenderam a ocorrência.
O esquadrão antibombas chegou a Porto Franco, realizou a remoção do artefato preso ao corpo do gerente e confirmou que o dispositivo era apenas um simulacro, não oferecendo risco real à vítima. Depois do procedimento, o gerente deve prestar depoimento para auxiliar na identificação dos criminosos.
Os três criminosos que participaram da ação continuam sendo procurados. Equipes seguem em operação na cidade e em municípios vizinhos para tentar encontrar o grupo. As forças de segurança tratam o caso como prioridade absoluta por envolver reféns, explosivos e um sequestro em andamento.
