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Esquadrão antibombas confirma que artefato preso ao corpo de gerente em Porto Franco era simulacro



O clima de tensão que tomou conta de Porto Franco ao longo desta segunda-feira (1º) ganhou um novo desdobramento após a chegada da equipe antibombas do Maranhão. O grupo especializado, que veio de São Luís para atuar diretamente na agência do Bradesco, confirmou que o material amarrado ao corpo do gerente era apenas um simulacro de artefato explosivo.

A informação foi repassada pelo comandante do CPAI-3, Tenente-Coronel Emerson, que acompanhou de perto a atuação da equipe técnica. Segundo ele, o dispositivo não tinha capacidade real de explosão, mas foi montado de forma a simular alto risco, obrigando o gerente sob ameaça. Após os procedimentos, o gerente foi conduzido a delegacia de polícia civil para prestar depoimento e ajudar na identificação dos criminosos.

O gerente permaneceu na agência enquanto os militares realizavam o protocolo de segurança. A área ao redor do banco ficou totalmente cercada desde os primeiros minutos da operação, medida adotada para preservar moradores e evitar qualquer aproximação indevida enquanto a equipe desmontava o material preso ao corpo da vítima.

As autoridades informaram que não há suspeita de outros dispositivos espalhados pela cidade ou dentro do prédio, já que os criminosos não tiveram acesso ao interior da agência. As inspeções realizadas pela PM foram preventivas, apenas para garantir que a operação fosse conduzida sem riscos adicionais.

O caso teve início quando três homens armados invadiram a residência do gerente e fizeram a família refém. Os filhos — de 18, 13 e 9 anos — foram levados para a zona rural e usados como pressão psicológica para obrigar o gerente a seguir as ordens impostas: ir ao banco retirar o dinheiro do cofre e entregar aos criminosos. O crime seguiu o modelo conhecido como “sapatinho”, no qual funcionários de instituições financeiras são coagidos por meio da ameaça direta aos familiares.

Após perceberem cerco policial,  os sequestradores fugiram da área do cativeiro abandonando os reféns. As crianças conseguiram sair do local e caminharam até uma estrada, onde foram ajudadas por um motociclista que as levou até a delegacia. Todas estão seguras e recebem acompanhamento das autoridades.

Enquanto isso, forças policiais continuam mobilizadas na região. Barreiras foram montadas em pontos estratégicos e as buscas seguem concentradas em áreas rurais e rotas de fuga usadas por quadrilhas especializadas nesse tipo de crime. A Polícia Civil coordena a linha investigativa para identificar e capturar os três envolvidos. 

A confirmação de que o aparelho era falso não reduz a gravidade do caso, que segue sendo tratado como crime de alta complexidade por envolver sequestro, ameaça, cárcere privado e tentativa de coação contra uma instituição financeira.


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