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Quarto integrante da quadrilha que sequestrou gerente do Bradesco e família em Porto Franco é preso


A Superintendência Estadual de Investigações Criminais prendeu, na tarde desta quarta-feira (3), o quarto integrante da quadrilha que sequestrou o gerente do Bradesco de Porto Franco e os três filhos dele durante a ação criminosa registrada na última segunda-feira. A detenção amplia o avanço das autoridades desde o início das buscas, quando três suspeitos foram capturados após se esconderem em uma residência no município de Estreito.

De acordo com a investigação, esse quarto suspeito teria participado do esquema que resultou no sequestro da família, na tentativa de extorsão e na fuga do grupo. A polícia não divulgou detalhes sobre as circunstâncias da prisão para preservar a linha de apuração, que segue em andamento para identificar todos os envolvidos na operação criminosa.

A prisão ocorre após a primeira fase da ação policial, quando militares localizaram três integrantes da quadrilha em Estreito. Na ocasião, os agentes encontraram dois veículos e três revólveres dentro do imóvel usado como ponto de apoio do bando. As armas foram recolhidas e estão sob perícia para confirmar origem, possíveis adulterações e eventual relação com crimes anteriores na região. Uma moradora da residência, que estava acompanhada de crianças pequenas, foi ouvida para esclarecer se sabia da presença dos suspeitos ou se apenas estava no local sem relação direta com o grupo.

Durante o cerco policial realizado na segunda-feira, o líder da quadrilha — natural de Araguaína e apontado como responsável pelo planejamento do sequestro — foi baleado, o que impossibilitou sua fuga e levou à captura imediata. Outro integrante foi preso logo na sequência, enquanto o terceiro criminoso escapou do primeiro bloqueio, mas acabou detido horas depois pela Guarda Municipal de Estreito.

O caso levou Porto Franco a enfrentar momentos de grande tensão. A equipe especializada em explosivos enviada de São Luís confirmou que o artefato preso ao corpo do gerente era um simulacro, montado para parecer de alto potencial destrutivo. O dispositivo foi removido e desmontado enquanto a área do banco permanecia isolada por precaução. O gerente foi encaminhado à delegacia para detalhar a ação criminosa e recebeu apoio das equipes de segurança.

O sequestro seguiu a modalidade conhecida como “sapatinho”, na qual criminosos sequestram familiares de bancários para forçar o cumprimento de ordens. Os três filhos do gerente, de 18, 13 e 9 anos, foram levados para uma área rural e conseguiram fugir ao perceberem que os sequestradores haviam deixado o local. As crianças foram socorridas por um motociclista e conduzidas à delegacia, onde receberam atendimento.

Com a prisão do quarto integrante, a Polícia Civil mantém equipes em Porto Franco, Estreito e cidades próximas para aprofundar as buscas por outros membros que possam ter dado suporte logístico ao bando. As investigações continuam para identificar a participação de cada envolvido no planejamento, execução e fuga após o crime.

Os três homens apontados pela polícia como responsáveis pelo sequestro do gerente do Bradesco de Porto Franco e da família dele passaram por audiência de custódia na manhã desta quarta-feira (3). A Justiça manteve as prisões e determinou que todos permaneçam recolhidos enquanto o caso segue em investigação.

A audiência aconteceu no Fórum de Estreito, onde os suspeitos foram capturados no início da noite de segunda-feira (1º). Durante a sessão, a defesa pediu liberdade provisória com uso de tornozeleira eletrônica, mas o pedido foi rejeitado pela juíza diante da gravidade dos fatos e do risco de fuga. A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, medida que não tem prazo fixo, mas precisa ser reavaliada a cada 90 dias. Essa revisão não significa soltura automática, apenas a obrigatoriedade de nova análise judicial.

O processo tramita na 2ª Vara da Comarca de Estreito. Depois da decisão, os investigados foram transferidos para a unidade prisional de Imperatriz, já que o presídio de Porto Franco informou não ter condições estruturais para recebê-los. A audiência foi conduzida pela juíza Myllenne Sandra Cavalcante, que ouviu individualmente os três presos.

O quarto integrante deve passar por audiência de custódia, e a tendência é que também tenha a prisão mantida pela Justiça.



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