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Conheça as cidades do Maranhão que tem mais beneficiários do Bolsa Família do que casas


Conheça as cidades do Maranhão com mais beneficiários do Bolsa Família do que casas
Um levantamento realizado pelo Poder360 revelou que 10 cidades brasileiras, incluindo municípios do Maranhão, possuem um número de famílias inscritas no programa Bolsa Família superior ao número de domicílios registrados. Essa discrepância levanta suspeitas de irregularidades e possíveis fraudes no cadastro do programa social.

Serrano do Maranhão lidera a lista, com 5.041 famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, enquanto o IBGE contabilizou apenas 3.953 casas no município. A prefeita da cidade, Val Cunha, contesta os dados do IBGE, alegando que houve um erro no Censo de 2022. O procurador do município, Rômulo Emanuel da Silva, aponta para a ausência de recenseadores em povoados da região e para a inclusão equivocada de um povoado como parte de outro município.

O IBGE, por sua vez, afirma que realizou o recenseamento nas áreas mencionadas e que o povoado de Santa Filomena, citado pelo procurador, está localizado em um município vizinho. A situação de Serrano do Maranhão é complexa, com áreas rurais de difícil acesso que podem dificultar a contagem de domicílios. No entanto, a discrepância entre o número de beneficiários e o número de casas exige uma investigação mais aprofundada para identificar possíveis fraudes.

Outras cidades do Maranhão também apresentam um número de beneficiários do Bolsa Família superior ao número de domicílios, como é o caso de São Paulo de Olivença e Autazes. Nessas localidades, a situação é ainda mais preocupante, pois o número de famílias cadastradas no programa social ultrapassa o número de casas em até 6%.
A coordenadora do Bolsa Família no governo do Amazonas, Ana Cláudia Rocha, declarou desconhecer o número de domicílios de cada cidade do estado, o que impossibilita uma análise mais precisa da situação. O Ministério do Desenvolvimento Social, por sua vez, atribui a discrepância ao avanço populacional desde o último Censo e à possibilidade de mais de uma família residir no mesmo domicílio.

A economista Carla Beni, professora da FGV, considera a existência de mais famílias do que domicílios em uma cidade como um indício de irregularidade e defende uma investigação rigorosa nos locais com maior discrepância. Beni destaca que a dependência do Bolsa Família é alta em algumas cidades, o que exige um acompanhamento constante para evitar fraudes e garantir que o programa social atenda às famílias que realmente necessitam do benefício.

Diante desse cenário, o Ministério do Desenvolvimento Social tem realizado verificações cadastrais para identificar fraudes e aprimorar o processo de concessão do Bolsa Família. Novas medidas estão sendo implementadas, como a conferência de renda declarada, a atualização dos dados a cada 24 meses e a conferência do registro de mortes. Além disso, foi criada a Rede Federal de Fiscalização do Bolsa Família e do Cadastro Único, com o objetivo de propor medidas para melhorar a qualidade das informações, a fiscalização do CadÚnico e a gestão do PBF, além de prevenir fraudes.
A situação das cidades do Maranhão com mais beneficiários do Bolsa Família do que casas exige uma atenção especial das autoridades e da sociedade. É fundamental que sejam realizadas investigações rigorosas para identificar e punir possíveis fraudes, garantindo que o programa social cumpra seu papel de auxiliar as famílias em situação de vulnerabilidade social.




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