A decisão da Prefeitura de Tocantinópolis de iniciar a cobrança de uma nova taxa sobre veículos pesados gerou uma enxurrada de críticas nas redes sociais nesta segunda-feira (12). Internautas acusam o prefeito Fabion Gomes ( PL), de “se aproveitar da tragédia” do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, em Estreito (MA), para arrecadar dinheiro às custas de caminhoneiros já sobrecarregados.
“O que está acontecendo em Tocantinópolis é covardia pura”, comentou um usuário. “Coitados dos caminhoneiros, vivem longe da família, penando nas estradas, e agora têm que pagar essa taxa absurda? Isso é falta de vergonha na cara”, protestou outro internauta indignado.
A medida fii classificada como “humilhante, desumana e absurda” , e críticos apontam que a gestão atual mistura “má vontade com incompetência, temperada com insensibilidade”. Para muitos, a criação da Taxa de Manutenção Viária (TMV), de R$ 50 por caminhão que entrar na cidade, é um retrato da ganância de uma administração que estaria mais interessada em gerar receita fácil do que em apoiar trabalhadores que mantêm o país abastecido.
A revolta virtual ganhou ainda mais força pelo contexto da tragédia de dezembro de 2024, quando o colapso da ponte da BR-226 matou 14 pessoas e deixou três desaparecidas, forçando o desvio do tráfego de veículos pesados por dentro de Tocantinópolis. Internautas questionam a moralidade de instituir a cobrança justamente agora, quando motoristas de caminhão não têm alternativa de rota.
Embora a prefeitura afirme que o valor arrecadado será usado para pavimentação, drenagem e recuperação de vias urbanas afetadas pelo fluxo intenso de caminhões, os críticos não se convencem. “Isso é ganância disfarçada de infraestrutura. Estão metendo a mão no bolso de quem já está sofrendo”, disse outra publicação.
A legislação que embasa a taxa — a Lei Municipal nº 1.208/2025 — prevê a cobrança por um ano, com possibilidade de prorrogação ou cancelamento. O não pagamento pode resultar em multas de até R$ 5 mil, retenção do veículo e inscrição do devedor na dívida ativa do município.