Na manhã desta quarta-feira, 28 de maio, a Polícia Civil do Maranhão prendeu o pastor evangélico José Gilton Alves dos Santos, de 61 anos, apontado como o principal suspeito de assassinar brutalmente sua ex-companheira, Jussandra Gonçalves Jorge de Souza, de 42 anos, no município de Riachão, localizado no sul do estado.
A prisão ocorreu durante uma patrulha de rotina na BR-230, nas proximidades da cidade de Balsas, a cerca de 70 quilômetros de Riachão. Policiais civis reconheceram o suspeito caminhando pelo acostamento da rodovia e o abordaram imediatamente. José Gilton não resistiu à prisão e foi conduzido à Delegacia Regional de Balsas, onde permanece custodiado e à disposição da Justiça.
O crime aconteceu na noite da última segunda-feira, 26 de maio, por volta das 19h, em uma via pública no centro de Riachão. De acordo com informações da Polícia Civil, Jussandra foi atingida por cerca de 30 facadas e morreu no local antes da chegada do socorro. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz para realização da perícia.
Testemunhas relataram que a cena foi extremamente violenta e chocou os moradores da cidade. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que o suspeito foi detido pelos agentes da Polícia Civil. Ao ser interrogado brevemente no local, José Gilton alegou que teria cometido o crime por ter sido denunciado pela vítima com base na Lei Maria da Penha, e afirmou que a denúncia teria sido feita “sem necessidade”. Ele disse ainda que só prestará depoimento detalhado com a presença de um advogado.
As investigações apontam que o feminicídio pode ter sido motivado pela não aceitação do fim do relacionamento. Conforme apurado pela equipe da Delegacia de Polícia de Riachão, o suspeito já havia feito ameaças à vítima anteriormente e chegou a mantê-la em cárcere privado em outra ocasião. Todos esses episódios fazem parte do inquérito que está em andamento.
A comunidade de Riachão e os familiares de Jussandra estão profundamente abalados com o crime. Moradores organizaram manifestações nas redes sociais pedindo justiça e cobrando medidas mais eficazes contra a violência doméstica e o feminicídio.
A Polícia Civil informou que as investigações seguem em curso e que outras testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias. José Gilton foi autuado em flagrante pelo crime de feminicídio e será transferido para uma unidade prisional da região sul do Maranhão.
