A travessia de balsas entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) seguirá operando normalmente, pelo menos até a próxima segunda-feira (9). A decisão foi tomada pela empresa Amazonas Navegações após uma reunião com representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que se comprometeu a realizar parte dos pagamentos em atraso até essa data.
Segundo a empresa, o DNIT acumula cerca de cinco meses de débitos, totalizando aproximadamente R$ 7 milhões. Sem esses recursos, a operadora afirma não ter como manter as atividades, o que levaria à suspensão completa do serviço — algo que estava previsto para ocorrer à meia-noite desta quinta-feira (5), caso não houvesse uma solução.
O encontro entre os diretores da Amazonas Navegações e representantes do DNIT resultou em um acordo para tentar evitar a paralisação imediata. Em consideração à população dos dois estados, a empresa decidiu estender o prazo até segunda-feira. No entanto, caso o pagamento não seja efetuado até lá, a travessia poderá ser interrompida, o que causaria sérios impactos na logística e na economia local.
O serviço de balsas foi implantado em caráter emergencial após a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, em dezembro de 2024. Desde então, tornou-se a principal ligação entre o sul do Maranhão e o norte do Tocantins, funcionando 24 horas por dia.
A possível paralisação preocupa autoridades locais e empresários, já que a travessia é essencial para o escoamento da produção e a mobilidade da população entre os dois estados. O DNIT, por sua vez, ainda não se manifestou publicamente sobre o cumprimento do prazo estabelecido.