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Carla Zambelli é presa na Itália após condenação por invasão ao sistema do CNJ

Deputada Carla Zambelli em plenário, durante sessão da Câmara dos Deputados.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29), na Itália, após ter sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão e à perda do mandato parlamentar. A prisão foi confirmada pelo Ministério da Justiça italiano e também anunciada nas redes sociais pelo deputado Angelo Bonelli, integrante do parlamento italiano.

Segundo Bonelli, Zambelli estava escondida em um apartamento localizado em Roma. "Informei o endereço à polícia e, neste momento, os policiais estão identificando Zambelli", escreveu ele em seu perfil nas redes sociais. Ainda de acordo com informações repassadas pelas autoridades locais, a deputada bolsonarista foi localizada após um alerta internacional de captura emitido pelas autoridades brasileiras.

A parlamentar foi condenada pelo STF por envolvimento direto na invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto, que também responde por outros crimes relacionados à manipulação de dados e ataques cibernéticos. A sentença incluiu ainda a perda do mandato eletivo, tornando-a inelegível.

Após a condenação, Zambelli fugiu para a Itália, alegando ter cidadania italiana e tentando usar esse vínculo para evitar a extradição. Desde então, o governo brasileiro iniciou tratativas diplomáticas e jurídicas para trazê-la de volta ao país, mas ainda não havia obtido êxito até o momento da prisão.

A defesa da deputada ainda não se manifestou publicamente sobre a detenção ou os próximos passos no processo de extradição. O Itamaraty, por sua vez, acompanha o caso em conjunto com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e aguarda os desdobramentos da Justiça italiana quanto à possibilidade de repatriação da parlamentar.

Carla Zambelli era uma das principais aliadas do ex-presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional e já havia protagonizado outros episódios polêmicos, como quando sacou uma arma em via pública na véspera do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. A condenação atual, no entanto, se refere especificamente ao caso de invasão do sistema do CNJ.

O Ministério da Justiça do Brasil ainda não divulgou detalhes formais sobre os próximos passos após a detenção em solo europeu. Segundo especialistas em direito internacional, mesmo com cidadania italiana, a parlamentar pode ser extraditada se houver entendimento de que ela usou o país apenas como refúgio para evitar cumprir pena imposta por decisão judicial transitada em julgado no Brasil.

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