Um episódio inusitado aconteceu em Villa Carmela, na província de Tucumán, Argentina, quando um jovem de 22 anos interrompeu seu próprio velório, afirmando para os familiares e amigos incrédulos: “Estou vivo”. O corpo que estava sendo velado havia sido identificado erroneamente pela família, desencadeando uma investigação oficial sobre o caso.
Tudo começou no dia 18 de setembro, quando um atropelamento fatal foi registrado próximo à Ponte Negra, em Alderetes. Sem documentos ou identificação clara, a polícia local considerou tratar-se de um jovem desaparecido da região. A família convocada para reconhecimento do corpo utilizou apenas roupas e características físicas como referência, sem exames de DNA ou digitais, e recebeu autorização judicial para retirar o cadáver e realizar o velório.
No meio da cerimônia, o jovem entrou inesperadamente, causando choque imediato. Ele explicou que havia passado os últimos dias em Alderetes, consumindo drogas, sem conseguir contato com a família e sem conhecimento do drama que se desenrolava. Um dos parentes resumiu a situação: “Foi um milagre e um pesadelo ao mesmo tempo”.
Diante da confusão, o Ministério Público local, sob a responsabilidade do promotor Carlos Sale, determinou a reabertura do caso. O corpo inicialmente liberado foi encaminhado novamente ao Necrotério Judicial para identificação correta por meio de exames laboratoriais e coleta de digitais, garantindo que novas falhas fossem evitadas.
Dias depois, a verdadeira vítima do atropelamento foi identificada como Maximiliano Enrique Acosta, de 28 anos, morador de Delfín Gallo, desaparecido desde o sábado anterior. As autoridades investigam falhas no protocolo de reconhecimento do cadáver e procedimentos adotados pela morgue e pela polícia local.