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Homem é condenado a 22 anos por feminicídio de Jheinifer Machado em Porto Franco


O Tribunal do Júri da Comarca de Porto Franco, no sul do Maranhão, condenou nesta quinta-feira (9) Paulo Mesquita a 22 anos de prisão em regime inicialmente fechado pelo feminicídio de Jheinifer Silva Machado, morta aos 19 anos em julho de 2024. O caso ganhou repercussão nacional pela extrema crueldade com que o crime foi cometido.

De acordo com o processo, Jheinifer foi amarrada, amordaçada e morta com 8 golpes de arma branca dentro da própria casa, localizada no setor Entroncamento, em Porto Franco. O assassinato ocorreu na manhã de 9 de julho de 2024 e foi classificado como um crime de natureza hedionda. A jovem foi encontrada sem vida pouco depois por familiares e vizinhos, que acionaram a polícia.

Logo após o crime, Paulo Mesquita, ex-companheiro da vítima, fugiu para o estado do Pará, mas acabou sendo capturado em Marabá durante uma operação conjunta das forças de segurança. A ação contou com a coordenação do Coronel Wellington, comandante do CPA 13, e do Coronel Lunna, comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar de Estreito, e resultou na prisão em flagrante do acusado, que não resistiu à abordagem.

Durante o julgamento, realizado mais de um ano após o crime, o réu foi ouvido e manteve a postura fria diante do tribunal. A sentença foi proferida após um intenso debate entre a defesa e o Ministério Público, que sustentou a acusação de feminicídio qualificado por motivo torpe e meio cruel. A condenação de 22 anos foi fixada em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade.

O caso voltou a ser lembrado também por relatos de uma ex-namorada de Paulo Mesquita, que afirmou ter sido vítima de uma tentativa de homicídio anos antes, na cidade de Açailândia (MA). Grávida à época, ela sobreviveu após ser atingida por 14 facadas desferidas pelo mesmo homem. O agressor chegou a cumprir pena por esse crime, ficando preso por cerca de dois anos.

O histórico de violência reforçou a imagem de um comportamento agressivo e reincidente, que culminou na tragédia envolvendo Jheinifer Machado. A família da vítima acompanhou o julgamento de perto e se emocionou ao ouvir a sentença. Amigos e moradores de Porto Franco também estiveram no local, em um ato de solidariedade e apoio à memória da jovem.

Para muitos, a condenação representa um passo importante na luta contra a violência de gênero e um alerta para que casos de agressão e ameaça sejam denunciados antes que resultem em novas tragédias. A morte de Jheinifer deixou uma marca profunda na cidade.

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