Rádio Toc City
no ar

Professora é alvo de investigação após vazamento de vídeo com 4 alunos em motel

A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou, nesta sexta-feira (10), a Operação Exame Final em Araranguá, no Sul do estado, para apurar denúncias de que uma professora teria mantido relações sexuais com quatro alunos adolescentes em um motel e gravado os encontros. O caso veio à tona após o suposto vazamento de vídeos envolvendo os jovens, com idades entre 16 e 17 anos.

A investigação é conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami), sob comando da delegada Eliane Chaves, que confirmou o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão. O material recolhido será analisado pela Polícia Científica para confirmar se há registros de natureza pornográfica.

Segundo a delegada, as relações ocorreram fora do ambiente escolar, e, por envolverem adolescentes acima de 14 anos, não configuram estupro de vulnerável. No entanto, a produção ou armazenamento de material íntimo envolvendo menores é crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “O foco da investigação é saber se houve gravação e compartilhamento das imagens. Isso é o que pode configurar crime”, explicou Chaves.

A professora, de 28 anos, foi demitida pela Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Araranguá, onde trabalhava em regime temporário. O coordenador regional, Gilberto Celestino, afirmou que o próprio órgão encaminhou a denúncia à Dpcami para apuração.

A investigação também analisa se houve fornecimento de bebidas alcoólicas aos alunos e se outras pessoas tinham conhecimento dos fatos e omitiram a denúncia, incluindo outra professora que pode ter presenciado a situação.

Entre os crimes previstos no ECA estão: produzir ou filmar cenas pornográficas com menores (pena de 4 a 8 anos), compartilhar o conteúdo (pena de 3 a 6 anos), armazenar o material (pena de 1 a 4 anos) e oferecer bebida alcoólica a adolescentes (pena de 2 a 4 anos).

Após a operação, a delegada gravou um vídeo destacando a gravidade do caso e criticando a banalização das relações entre adultos e adolescentes, afirmando que a investigação busca garantir a proteção dos menores e responsabilizar os envolvidos.

O inquérito segue em andamento, e o resultado da perícia definirá se a professora e outras pessoas serão indiciadas pelos crimes previstos no ECA.

Postagem Anterior Próxima Postagem