As investigações sobre o desaparecimento do empresário Victor Augusto da Rocha Arnaud (foto ao centro), de 53 anos, morador de Xinguara (PA), avançaram nesta sexta-feira (7), com a prisão de dois suspeitos e a identificação de vestígios em sua residência. No imóvel foram encontrados dois lençóis e um colchão manchados de sangue, além de uma câmera de segurança caída na cozinha, sem o cartão de memória, indicando possível tentativa de apagar provas. Não havia sinais de arrombamento nas portas ou janelas.
Na manhã desta sexta-feira, Wanderson Silva Sousa (foto à esquerda), de 28 anos, e Gigliolla Sena Silva (foto à direita), de 30 anos — ex-companheira de Victor e atual namorada do suspeito —, foram localizados em Estreito (MA) enquanto se preparavam para desembarcar da balsa conduzindo o Jeep Renegade de placa OIA-1F38, pertencente ao empresário. A filha de cinco anos de Victor estava com o casal. A prisão foi cumprida em cumprimento a um mandado temporário expedido pela Vara Criminal de Xinguara. Ambos afirmaram desconhecer o paradeiro de Victor, que permanece desaparecido desde 30 de outubro.
A decisão judicial que determinou a prisão do casal também ordenou que o Conselho Tutelar de Estreito e de Xinguara tomasse as providências necessárias para garantir a guarda, proteção e amparo da criança. O casal foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Estreito, submetido a exame de corpo de delito e transferido para a Unidade Prisional de Porto Franco (MA), enquanto o Conselho Tutelar ficará responsável pela guarda provisória da menina, que será entregue a familiares previamente identificados.
Um amigo de Victor relatou que mantinha contato diário com ele por conta de negócios em comum, o que despertou suspeitas quando o empresário deixou de responder. Nos dias seguintes ao desaparecimento, familiares e conhecidos identificaram contatos suspeitos feitos em nome de Victor, incluindo pedidos de dinheiro incomuns e envio de fotos que não correspondiam às características do empresário. O cachorro de Victor também foi encontrado amarrado a uma corda próximo à rodoviária de Xinguara, após publicação em redes sociais mostrando o animal dentro do veículo, situação considerada atípica.
As autoridades de Xinguara aguardam a transferência formal dos suspeitos para que sejam ouvidos, dando prosseguimento às investigações para localizar Victor. A prisão temporária do casal tem prazo inicial de 30 dias, podendo ser prorrogada conforme o andamento do inquérito.
