Funcionários da empresa Amazônia Navegações Ltda., responsável pela travessia de balsas entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), paralisaram temporariamente as operações na manhã desta quarta-feira (5). A suspensão, que durou cerca de meia hora, foi motivada por reivindicações trabalhistas relacionadas a reajuste salarial.
A paralisação provocou filas de veículos nos dois lados do rio Tocantins e preocupou motoristas que dependem do serviço diário para cruzar entre o Maranhão e o Tocantins. O protesto foi encerrado ainda pela manhã, após um acordo entre os trabalhadores e a direção da empresa, que prometeu apresentar uma solução definitiva até esta quinta-feira (6). Após o compromisso, o serviço foi retomado normalmente.
A Amazônia Navegações atua de forma emergencial desde o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, em dezembro de 2024, e atualmente realiza a principal travessia entre o norte do Tocantins e o sul do Maranhão. Qualquer interrupção, mesmo que breve, afeta o transporte de cargas, combustíveis e passageiros, já que a ponte ainda está em reconstrução e o tráfego depende exclusivamente das balsas.
O episódio ocorre no mesmo dia em que os operários da construção da nova ponte também decidiram paralisar as atividades, reivindicando reajuste salarial, pagamento de horas extras e adicional de insalubridade. A obra, conduzida pelo consórcio formado pelas empresas A. Gaspar S/A e Arteleste Construções Ltda., tem entrega prevista para dezembro deste ano, mas o novo impasse pode afetar o cronograma final.
Em junho, a própria Amazônia Navegações já havia anunciado a possibilidade de suspender o serviço por causa da falta de pagamento por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), acumulando uma dívida de cerca de R$ 7 milhões em cinco meses de operação. O problema foi contornado à época, mas agora a situação volta a gerar instabilidade no transporte entre os dois estados.
