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Justiça mantém prisão de suspeitos de sequestro e tentativa de roubo a banco em Porto Franco após audiência de custódia



Os três homens apontados pela polícia como responsáveis pelo sequestro do gerente do Bradesco de Porto Franco e da família dele passaram por audiência de custódia na manhã desta quarta-feira (3). A Justiça manteve as prisões e determinou que todos permaneçam recolhidos enquanto o caso segue em investigação.

A audiência aconteceu no Fórum de Estreito, onde os suspeitos foram capturados no início da noite de segunda-feira (1º). Durante a sessão, a defesa pediu liberdade provisória com uso de tornozeleira eletrônica, mas o pedido foi rejeitado pela juíza diante da gravidade dos fatos e do risco de fuga. A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, medida que não tem prazo fixo, mas precisa ser reavaliada a cada 90 dias, conforme estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal. Essa revisão não significa soltura automática, apenas a obrigatoriedade de nova análise judicial.

O processo tramita na 2ª Vara da Comarca de Estreito. Depois da decisão, os investigados foram transferidos para a unidade prisional de Imperatriz, já que o presídio de Porto Franco informou não ter condições estruturais para recebê-los. A audiência foi conduzida pela juíza Myllenne Sandra Cavalcante, que ouviu individualmente os três presos.

As prisões ocorreram após uma operação da Polícia Militar que intensificou as buscas nas primeiras horas da manhã de segunda-feira, quando o gerente e a família foram feitos reféns em uma ação que seguiu o método conhecido como “sapatinho”. Os três filhos do bancário — de 18, 13 e 9 anos — foram levados para um cativeiro na zona rural de Porto Franco. Eles conseguiram escapar depois que os criminosos abandonaram o local ao perceber o avanço das equipes policiais. Um motociclista encontrou as crianças e as levou até a delegacia. Todos passam bem e estão sob acompanhamento das autoridades.

As horas de tensão em Porto Franco começaram quando o gerente foi obrigado a ir até a agência com um artefato preso ao corpo. A área foi isolada e a equipe antibombas enviada de São Luís constatou que o dispositivo era um simulacro montado para parecer explosivo, mantendo a vítima sob ameaça constante. A desmontagem ocorreu no fim da tarde, após a varredura na agência descartar a presença de outros objetos.

A partir de informações repassadas por moradores, a Polícia Militar identificou movimentação suspeita em uma casa em Estreito e cercou o local. Três revólveres foram apreendidos dentro da residência utilizada como esconderijo. As armas seguirão para perícia, que deve determinar origem, possíveis adulterações e eventual ligação com outros crimes da região.

O líder do grupo, natural de Araguaína, foi baleado, o que dificultou sua fuga e permitiu a detenção. O segundo suspeito foi preso logo em seguida. Os dois foram levados à Delegacia de Porto Franco, onde receberam atendimento do SAMU antes dos procedimentos legais. O terceiro envolvido conseguiu escapar inicialmente, mas foi localizado horas depois pela Guarda Municipal de Estreito.

A moradora da casa onde o trio se escondeu — uma mulher que estava com crianças pequenas —  prestou depoimento para esclarecer se ofereceu abrigo intencionalmente ou se sua presença no imóvel não tinha relação com o crime. 

Com os três suspeitos detidos, a Polícia Civil concentra esforços para identificar quem teria dado suporte logístico ao bando, desde o planejamento da ação até a tentativa de fuga. 

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