As imagens, registradas no último sábado (28), circularam amplamente por grupos de WhatsApp e páginas de notícias da região, causando indignação e mobilizando a população, que denunciou o caso de forma anônima à 61ª Delegacia de Polícia de Paraíso.
Segundo informações divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP-TO), a Polícia Civil agiu de forma rápida após o recebimento da denúncia. Com base em diligências e informações fornecidas pela comunidade, os agentes conseguiram identificar o autor do crime, que já foi formalmente indiciado por maus-tratos a animais, conforme prevê a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998).
A referida legislação considera crime o ato de abusar, ferir, mutilar ou maltratar animais silvestres, domésticos ou domesticados, sendo passível de pena que pode incluir reclusão e multa.
O delegado regional de Paraíso, José Lucas Melo, responsável pelo caso, enfatizou a importância da participação popular na investigação. “A atuação da comunidade foi fundamental para que chegássemos à identificação do suspeito. Crimes dessa natureza serão sempre investigados com o máximo rigor”, afirmou.
O inquérito já está sendo finalizado e será encaminhado ao Ministério Público do Tocantins e ao Poder Judiciário, para que sejam tomadas as medidas legais cabíveis.
A Polícia Civil reforça que qualquer crime de maus-tratos ou abuso contra animais pode ser denunciado de forma anônima, tanto presencialmente em qualquer unidade policial quanto por meio do Disque-Denúncia 197. A instituição reiterou seu compromisso com a proteção e defesa dos direitos dos animais, e pediu o apoio da população para seguir denunciando casos semelhantes.
A repercussão do caso em Paraíso do Tocantins também reacende o debate sobre a necessidade de punições mais severas para crimes de zoofilia e maus-tratos no Brasil, que muitas vezes geram comoção pública, mas nem sempre resultam em penalidades proporcionais à gravidade dos atos cometidos.