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Tocantins e Maranhão voltam a se reencontrar

O Tocantins e o Maranhão voltaram a se reencontrar nesta quinta-feira (20) com a conexão do vão central da nova ponte que liga Estreito (MA) a Aguiarnópolis (TO), gesto simbólico que muitos moradores descrevem como “o beijo” entre os dois estados após um período marcado por dificuldades desde o colapso da estrutura antiga que separou os dois estados. O vão central já está conectado, mas ainda falta o preenchimento com concreto da última aduela no meio e das duas aduelas de cada extremidade, etapa que finaliza essa fase da construção.

Depois de quase um ano separados pela tragédia, o avanço das obras representa uma nova fase para a mobilidade e para a economia das duas regiões, devolvendo a perspectiva de retomada da ligação que sempre foi essencial para o fluxo diário de moradores, trabalhadores e transporte de cargas. A nova ponte substituirá a antiga Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou em dezembro de 2024, deixando 14 mortos e 3 desaparecidos.

A estrutura, que havia sido inaugurada em 1961 e reformada em 1998, não resistiu às deformações no vão central provocadas pelo excesso de carga e pela falta de manutenção preventiva, conforme apontou o laudo da Polícia Federal.

Agora com mais de 90% da nova ponte concluída, a construção segue em ritmo acelerado. O empreendimento recebe R$ 171,1 milhões do Governo Federal e está sendo executado pelo método de balanço sucessivo, uma técnica utilizada em grandes vãos quando não é possível recorrer a escoramentos convencionais. A entrega está prevista para dezembro de 2025.

A técnica consiste em construir a ponte em segmentos conhecidos como aduelas, que avançam em balanço a partir dos pilares. O fechamento do vão central ocorreu com o encaixe da última aduela, mas a concretagem desse segmento final ainda está em andamento, etapa necessária para garantir a resistência estrutural definitiva.

Além de simbolizar o reencontro entre os estados, a nova ponte restabelecerá um dos principais eixos logísticos do Norte e Nordeste, tornando a travessia mais rápida e segura para moradores e turistas. Com 630 metros de extensão e 19 metros de largura, a estrutura ampliará a capacidade de tráfego e reduzirá a dependência das balsas, utilizadas com frequência desde o desabamento.

Para quem vive às margens do rio, o fechamento do vão central representa uma mudança aguardada há meses e aumenta as expectativas pela retomada completa da mobilidade entre Tocantins e Maranhão.


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