A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (3), com apoio da Polícia Militar Ambiental do Tocantins, a Operação Breque II, com o objetivo de combater a extração ilegal de ouro no município de Almas, localizado no sudeste do estado.
A ação foi autorizada pela Justiça Federal de Gurupi, que expediu dois mandados de busca e apreensão e determinou o afastamento dos sigilos bancário e de dados dos investigados, medida que visa aprofundar a investigação sobre as atividades ilícitas praticadas pelo grupo criminoso.
De acordo com a PF, a operação é um desdobramento da repressão a crimes ambientais e tem como foco desarticular uma organização envolvida na exploração clandestina de recursos minerais, prática que, além de danificar o meio ambiente, constitui usurpação de bens da União.
A investigação está sob responsabilidade da Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais da Polícia Federal, que apura os impactos causados pela atividade ilegal em áreas de preservação no município.
Caso as irregularidades sejam confirmadas, os alvos da operação poderão ser responsabilizados com base na Lei de Crimes Ambientais e no Código Penal, pelos crimes de extração de recursos minerais sem autorização legal e usurpação de patrimônio da União – ambos com penas que podem ultrapassar cinco anos de reclusão, além de multas.
A PF reforça que o combate ao garimpo ilegal é uma das prioridades da corporação, não apenas pela questão ambiental, mas também pelos reflexos sociais e econômicos que essa atividade traz para a região, como poluição de rios, degradação do solo, conflitos fundiários e financiamento de outras práticas criminosas.
Essa é a segunda fase da operação batizada de “Breque”, e novas diligências não estão descartadas à medida que o inquérito avança.