O Tribunal do Júri de Imperatriz condenou, nesta quinta-feira (31), Gabriel Henrique Sousa Leite, 21 anos, a 36 anos e seis meses de prisão por homicídios triplamente qualificados contra Amanda de Sousa Cruz, 18 anos, e Débora Vieira da Silva, 13 anos.
Os crimes ocorreram em julho de 2022, no município de Davinópolis (MA), e chocaram a população pela brutalidade e motivação: disputa entre facções criminosas.
Amanda e Débora desapareceram e, dias depois, foram encontradas no Riacho Cacau, bairro São Domingos, em Davinópolis.
Os corpos estavam abraçados e apresentavam ferimentos no pescoço, abdômen e braços provocados por arma branca.
Além das penas pelos homicídios, Gabriel foi condenado por duas ocultações de cadáver e três corrupções de menores.
Essa não é a primeira condenação de Gabriel Leite. Em junho de 2024, ele já havia recebido 25 anos de prisão pela morte de sua namorada, Jennifer Almeida da Silva, 17 anos.
Segundo as investigações, Gabriel teria convencido Jennifer a participar do assassinato de Amanda e Débora como uma “prova de amor”. No dia seguinte, ele também a matou.
O Ministério Público apurou que as três mortes foram motivadas por conflito entre facções. Gabriel, integrante de um grupo criminoso, decidiu executar as vítimas após ver uma foto delas fazendo um gesto associado à facção rival.
Para o promotor Tiago Quintanilha Nogueira, titular da 8ª Promotoria Criminal de Imperatriz, o caso é um retrato da ação violenta das facções:
“São crimes que mostram como grupos criminosos usam e destroem vidas de meninas e adolescentes”, afirmou.
As mortes de Amanda, Débora e Jennifer marcaram a região Tocantina. Para a polícia, o caso expõe como facções criminosas têm aliciado adolescentes, levando-os a se envolver em crimes graves.
Com as condenações, Gabriel deverá cumprir mais de 60 anos de prisão somando as penas.