A carreta que transportava ácido sulfúrico e caiu no Rio Tocantins durante o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek (JK), entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), foi emergida do rio no sábado, ficando presa com cabos de aço na margem, e só foi totalmente retirada hoje, segunda-feira (20), por guindaste. Durante a operação, foram constatadas graves avarias no tanque, incluindo amassados e uma grande fissura por onde o produto químico vazou.
O processo de emergência da carreta utilizou balões infláveis presos ao veículo com cabos de aço, inflados de forma controlada para elevar a carreta lentamente do fundo do rio. Essa técnica permite içar o veículo com segurança, evitando deslocamento de sedimentos e mantendo controle sobre o líquido químico antes da retirada completa por guindaste em terra firme.
Segundo informações da TV Mirante, todo o ácido sulfúrico que estava na carreta vazou e se diluiu no Rio Tocantins logo após a queda da ponte. Levantamentos preliminares das autoridades ambientais indicam que a diluição foi suficiente para que não houvesse danos graves ao meio ambiente. Apesar disso, especialistas alertam que o ácido sulfúrico é altamente corrosivo e pode causar sérios efeitos à fauna aquática, à vegetação ribeirinha e ao solo.
A carreta permaneceu submersa desde dezembro de 2024 e sofreu danos significativos devido ao impacto e à pressão da água, apresentando corrosão e possíveis rachaduras. Ribeirinhos relataram a presença de óleo descendo pelo Rio Tocantins após a operação de içamento, possivelmente proveniente dos tanques de combustível da carreta, reforçando a importância do monitoramento contínuo da qualidade da água na região.
O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) informou que a próxima fase da operação será a retirada do cavalo mecânico, que ainda permanece submerso no leito do rio.
Enquanto isso, a nova ponte sobre o Rio Tocantins segue em construção e está com mais de 75% das obras concluídas, com previsão de conclusão para dezembro de 2025.