O corpo de Márcio Victor Carvalho Ferreira, de 20 anos, foi encontrado na última sexta-feira (10), em uma área de mata de São José de Ribamar, na Região Metropolitana de São Luís (MA). O jovem ficou conhecido nacionalmente após ter sido preso em 2024 por se masturbar e ejacular nas costas de uma vendedora em uma loja de roupas infantis.
Inicialmente, as informações divulgadas apontavam que o corpo teria sido encontrado degolado e parcialmente carbonizado. No entanto, a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) negou essas versões e informou, em nota oficial divulgada nesta terça-feira (14), que a morte de Márcio Victor foi provocada por disparos de arma de fogo.
Segundo a SSP, o corpo não apresentava indícios de carbonização nem de degola. O caso está sendo investigado pela Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), que apura as circunstâncias e a motivação do crime.
Márcio Victor estava desaparecido desde o dia 8 de outubro. De acordo com relatos da mãe, ele havia se mudado recentemente para a região da Estrada da Mata, onde passou a morar com a namorada.
Caso de 2024: prisão por estupro
O jovem foi preso em flagrante no dia 24 de outubro de 2024, em São Luís, pelo crime de estupro, após ter sido flagrado pelas câmeras de segurança de uma loja enquanto se masturbava e ejaculava nas costas de uma vendedora.
Na ocasião, Márcio Victor, então com 19 anos, entrou no estabelecimento afirmando que compraria roupas para duas crianças. A vítima relatou que estava sozinha e percebeu o nervosismo do rapaz durante o atendimento. Ao se virar para pegar algumas peças, sentiu um líquido cair sobre as costas e o cabelo.
Acreditando que fosse água do teto, pediu para a dona da loja verificar as câmeras, momento em que o suspeito saiu alegando que iria ao caixa eletrônico buscar dinheiro. Ao ver as imagens, a vítima percebeu que ele havia cometido o ato obsceno por trás dela.
Após o registro do boletim de ocorrência, o jovem foi preso em flagrante, mas acabou sendo liberado para responder ao processo em liberdade.
Durante o depoimento, Márcio Victor confessou o crime e disse que a agressão fazia parte de um “desafio” de um grupo virtual voltado à prática de violência contra mulheres e animais. Segundo ele, os integrantes do grupo escolhiam quem deveria cumprir tarefas criminosas. A Polícia Civil chegou a investigar o suposto grupo e o envolvimento de outros participantes.
A morte do jovem agora é tratada como homicídio e segue sob investigação pela SHPP.