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Suspeita de sabotagem em rebocadores compromete travessia de balsas entre Estreito e Aguiarnópolis

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Uma suspeita de sabotagem está comprometendo a travessia fluvial entre Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins. Em apenas uma semana, quatro rebocadores apresentaram defeitos, supostamente provocados por ação criminosa, e estão parados do lado maranhense do rio Tocantins.

Atualmente, apenas três balsas estão em operação, sendo que a balsa destinada ao transporte de veículos de pequeno porte está parada, e tem provocado filas enormes em ambas as margens do rio desde o dia em que parou de funcionar há poucos dias atrás. A situação é preocupante: caso algum outro rebocador quebre, outra balsa poderá ter de parar, prejudicando ainda mais a travessia.

Segundo informações do portal Destaque Notícias, os criminosos estariam colocando detergente nos tanques de combustível dos rebocadores. O detergente não é compatível com motores a diesel e provoca uma série de problemas: forma espuma no combustível, altera sua capacidade de combustão, entope filtros e bicos injetores, reduz a lubrificação natural do sistema de combustível e pode causar falhas nos pistões e no motor, levando à paralisação completa da embarcação. A hipótese de adulteração de combustível, por hora,  não é descartada. Até o momento, ninguém foi preso.

A Polícia Militar do Maranhão foi acionada na madrugada deste domingo e esteve no porto das balsas em Estreito para averiguar a situação. As investigações agora estão sendo conduzidas pela Polícia Civil do Maranhão, que busca identificar os responsáveis pela suposta sabotagem.

A empresa Navegação Amazonia Navegações LTDA já comunicou o ocorrido às autoridades e enviou rebocadores, com previsão de chegada até o final da tarde deste domingo, para garantir a continuidade da travessia enquanto os equipamentos danificados passam por manutenção.

O sistema de travessia conta com quatro portos — dois em cada margem — e quatro balsas: duas para veículos de grande porte e duas para veículos menores. A parada da balsa de pequeno porte tem provocado atrasos significativos, afetando motoristas e passageiros que dependem diariamente da travessia.

As balsas foram implantadas em caráter emergencial após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek, em dezembro de 2024, que interrompeu a ligação rodoviária entre Maranhão e Tocantins, tornando a travessia fluvial o único o meio de transporte para veículos e cargas entre as duas cidades.

As autoridades seguem investigando o caso para identificar os responsáveis pela sabotagem, e a população enfrenta filas extensas enquanto o serviço não é totalmente normalizado.

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