Bebê de 8 meses morre após consumir açaí envenenado; polícia investiga suspeita de crime passional

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte confirmou nesta segunda-feira (5) que o açaí consumido por Geisa de Cássia Tenório Silva, de 50 anos, e pela bebê Yohana Maitê Filgueira Costa, de apenas 8 meses, estava envenenado. A criança morreu poucas horas após ingerir a sobremesa, enquanto Geisa sobreviveu após passar mais de duas semanas internada em estado grave na UTI do Hospital Regional de Macaíba.

De acordo com a polícia, a substância tóxica foi identificada em amostras do açaí recolhidas na casa da vítima, mas o tipo de veneno e o conteúdo do laudo pericial não foram divulgados. As investigações apontam que Geisa recebeu três presentes anônimos em dias consecutivos antes de ser internada: o primeiro foi um urso rosa com chocolates e um bilhete com a frase “depois que te perdi foi que percebi que te amo”; o segundo, um pote de açaí com granola e mais chocolates; e o terceiro, dois potes de açaí, entregues um dia após a morte da bebê.

A linha do tempo do caso ajuda a entender a gravidade da situação:

  • 13 de abril (domingo): Geisa recebeu o primeiro presente, um urso de pelúcia com chocolates e um bilhete romântico entregue por um motoqueiro. Ela comeu os doces acreditando serem de algum ex-namorado.

  • 14 de abril (segunda-feira): chegou o segundo presente, com o pote de açaí e mais chocolates. À noite, Geisa resolveu comer o açaí e dividiu com a pequena Yohana, sua sobrinha postiça. Cerca de 40 minutos depois, a bebê passou mal e morreu na UPA de Cidade da Esperança. Geisa também sentiu-se mal, mas a família atribuiu os sintomas ao abalo emocional pela perda da criança.

  • 15 de abril (terça-feira): enquanto a família organizava o velório de Yohana, outro entregador deixou dois novos potes de açaí. Após consumir a sobremesa novamente, Geisa voltou a passar mal e precisou ser entubada. A gravidade do quadro levou os médicos a alertarem a polícia.

  • 16 de abril (quarta-feira): Yohana foi sepultada no cemitério Bom Pastor II, em Natal. O laudo médico de óbito da bebê não apontou causa definida, e a necropsia pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) ainda não foi realizada, o que impede a confirmação oficial da causa da morte.

A principal hipótese da família é de que o crime tenha sido motivado por vingança pessoal. Parentes de Geisa suspeitam de um ex-namorado como possível autor dos envenenamentos. “Uma terceira pessoa grávida chegou a experimentar apenas o açaí, sem a granola, e não passou mal. A minha mãe só toma com granola. A gente acha que o veneno estava na granola”, relatou Yago, filho de Geisa.

Geisa deixou a UTI na última terça-feira (29), mas permanece internada na enfermaria. Segundo os médicos, ela já está consciente, foi desentubada e voltou a se comunicar, ainda que de forma limitada.

A Polícia Civil segue investigando o caso e afirmou, em nota, que todas as hipóteses estão sendo apuradas. Até o momento, não há confirmação oficial sobre a substância usada nem autoria do possível crime.

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